quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Por favor, largue essa banana!!!

Uma antiga tribo africana utiliza um método bastante curioso para capturar macacos que vivem nos galhos mais altos das árvores. O sistema é o seguinte: os nativos pegam um recipiente de boca estreita, colocam uma banana dentro, amarram-no ao tronco de uma árvore e afastam-se.

Quando eles saem, um macaco curiodo desce, olha dentro da cabaça e vê a banana. Enfia a mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita ele não consegue tirar a banana. Surge o dilema; se largar a banana, sua mão sai, e ele pode ir embora livremente; caso contrário, continua preso na armadilha.

Após algum tempo, os nativos voltam e capturam sem dificuldade os macacos teimosos que se recusaram a largar as bananas. O final é trágico, pois eles são caçados para serem comidos.

Você deve achar absurdo o grau de estupidez destes macacos; afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais, não é?

O problema deve estar no valor exagerado que o macaco atribui à sua conquista. A banana já está ali, na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la e ir embora.

Achei a história engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente como esses macacos. Ou você não conhece ninguém que está insatisfeito com o emprego, mas permanece lá, mesmo sabendo que está cultivando um infarto? Ou casais com relacionamentos completamente deteriorados que insistem em ficar sofrendo? Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo caminho que trará de volta a alegria de viver? Somos ou não como os macacos?

A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar em nossa mão, pode nos levar direto à panela.

(Roberto Lopes, do livro "O livro da Bruxa", pg. 89/90, ed. ARX)

2 comentários:

Anônimo disse...

Amei este texto!! Será q tb seguro uma banana??????????? :0

Anônimo disse...

Hehe... eu pelo menos descobri que já segurei cachos e cachos... também já "fritei na panela" (e muito) por causa disso.
Mas uma hora a gente aprende.
Um beijo, uma honra seus comentários.